Artigo por Dra. Marianna Correa de Carvalho em 02/03/2020
Autor: Dra. Marianna Correa de Carvalho
Preceptores: Dr. Rodrigo Roda, Dr. Carlos Alberto Freitas e Dr. Roberto Gardone
Hospital: Mater Dei
CASO:
Paciente, sexo masculino, 45 anos, natural de Itaúna (MG).
Admitido na cidade de origem no dia 25/10 com quadro de pancreatite biliar aguda.
Evoluiu com piora do quadro e exame de imagem evidenciou áreas de necrose em cabeça do pâncreas.
Optado por transferência para Belo Horizonte.
Admitido no hospital MaterDei Contorno dia 03/11.
Realizado Colangio RM, que evidenciou edema pancreático associado a necrose extensa e coleções líquidas perigástricas.
Paciente desenvolveu um quadro de colestasesecundário a compressão extrínseca da via biliar pelas coleções.
BD 15/11: 4,05
Dia 16/11, paciente foi submetido a uma tentativa de CPRE. Não foi possível canulara via biliar mesmo após realização de précorte devido a distorção anatômica secundária a pancreatite.
Solicitado nesse momento a drenagem ecoguiadadessas coleções, contudo tal procedimento foi contra-indicadonesse momento pois quadro evoluiahá menos de 4 semanas e paciente encontrava-se estável.
Contudo, mesmo não tendo sido drenada a via biliar, o paciente evoluiu com queda importante da bilirrubina direta.
BD 18/11: 0,59
Acreditou-se que o précorte havia sido efetivo para a drenagem da via biliar
No início de dezembro, paciente recorreu com quadro de colestase.
03/12: BD 5,6
Repetida a Colangio RM que evidenciou compressão extrínseca da via biliar causada por coleções peri-pancreáticas.
Foi então solicitada a equipe de endoscopia que avaliasse uma nova CPRE para drenagem da via biliar.
No dia 05/12, uma nova CPRE foi tentada. Contudo devido a distorção anatômica, não foi possível realizar o procedimento.
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